Que Mamãe Oxum lhe cubra com seu manto dourado

A História de Maria Farrapo






A condessa Sophia estava novamente com problemas, por isso chamou a negra Calú. Da primeira vez em que ficara grávida fora do casamento seu socorro viera através da escrava conhecedora de ervas que expulsavam o feto como que por encanto. 
Desta vez o assunto era ainda mais sério, estava grávida de um negro, como explicar ao conde, louro de olhos azuis e pele alvíssima, um filho que, certamente, nasceria mulato? Calú entrou cabisbaixa nos aposentos da condessa e foi informada que deveria novamente proceder como há quatro meses. A escrava ficou boquiaberta: - Senhora, como deixou isso acontecer novamente em tão pouco tempo? É muito perigoso provocar sangramento quase seguido! - 
Foi calada por um violento tapa - Como ousa julgar os atos de sua senhora, negrinha vagabunda? Eu te chamei para fazer o seu serviço e é isso que deve fazer. Vá buscar as o que necessitas e volte imediatamente com tudo pronto ou mandarei te surrar até que morras! Desorientada pela agressão, Calú embrenhou-se na mata para procurar as ervas que conhecia tão bem. Seu rosto ainda queimava pela agressão e também pelo ódio que invadia seu coração.
 Ela que sempre fora fiel, facilitara os encontros clandestinos da condessa em várias ocasiões, e não foram poucas, causara-lhe o primeiro aborto e nem um obrigado tivera ainda tinha que apanhar? Vagabunda era ela, que se vestia com capricho, perfumava-se e fazia o papel da esposa perfeita ao lado do conde e ao menor afastamento deste, deitava-se em qualquer lugar com qualquer um. E depois ela é quem tinha que virar-se para dar um fim aos bastardinhos? Hoje iria a forra, seria o seu dia de vitória. Apanhou ervas que em nada serviriam para o aborto proposto. Fez uma mistura que após a infusão levaria a mulher à morte em pouco tempo. Aí sim ficaria contente, ver aquele poço de vaidade e devassidão morrendo lentamente pelas suas mãos. Entrou no quarto e a condessa encontrava-se deitada. - 
Já está pronto o remedinho minha querida? - Além de tudo era cínica - Sim senhora, preparei uma grande caneca e hoje mesmo estará livre do seu mal. - Ah que bom! Desculpe sim? Se perdi a paciência com você, mas não gosto que me ponham contra a parede. - Calú lançou-lhe um olhar furtivo - Não foi nada, já esqueci! Tome o chá e fique deitada. Em poucos minutos a mulher começou a sentir dores insuportáveis. - Calú esse não é o mesmo chá? Estou com dores horrorosas! - É assim mesmo, senhora, faz muito pouco tempo do outro acidente. Intimamente a escrava alegrava-se ao ver o sofrimento da condessa. - Calú, estou morrendo! - A negra subiu sobre a cama e falou: - Isso mesmo, condessinha vagabunda, estou livrando o mundo de uma podridão. Morra infeliz! A porta se abre e uma escrava ouve as últimas palavras, sai correndo e gritando pela enorme mansão: - 
A Calú está matando a condessa! Em poucos minutos o chefe da guarda, invade o quarto e vê a cena, a condessa morta sobre a cama e a escrava rindo histericamente ao lado. Um golpe certeiro de sua espada corta o pescoço da mulher, a cabeça de Calú cai sobre o corpo inerte de sua vitima. Depois de muito vagarem por tortuosos caminhos inferiores, os espíritos de ambas, encontraram-se em uma lei de esquerda. Na linha de Maria Mulambo, conseguiram o fio condutor de uma lenta e necessária evolução. Este é um dos raros casos em que dois espíritos ligados pelo ódio em terra, uniram-se para a evolução sob a mesma lei. Sophia hoje atende por Maria Mulambo das Sete Catacumbas e Calú, por Maria Mulambo das Almas.Laroiê as Pomba-giras!





Texto:Wikipedia

gotas



A condessa Sophia estava novamente com problemas, por isso chamou a negra Calú. Da primeira vez em que ficara grávida fora do casamento seu socorro viera através da escrava conhecedora de ervas que expulsavam o feto como que por encanto. Desta vez o assunto era ainda mais sério, estava grávida de um negro, como explicar ao conde, louro de olhos azuis e pele alvíssima, um filho que, certamente, nasceria mulato? Calú entrou cabisbaixa nos aposentos da condessa e foi informada que deveria novamente proceder como há quatro meses. A escrava ficou boquiaberta: - Senhora, como deixou isso acontecer novamente em tão pouco tempo? É muito perigoso provocar sangramento quase seguido! - Foi calada por um violento tapa - Como ousa julgar os atos de sua senhora, negrinha vagabunda? Eu te chamei para fazer o seu serviço e é isso que deve fazer. Vá buscar as o que necessitas e volte imediatamente com tudo pronto ou mandarei te surrar até que morras! Desorientada pela agressão, Calú embrenhou-se na mata para procurar as ervas que conhecia tão bem. Seu rosto ainda queimava pela agressão e também pelo ódio que invadia seu coração. Ela que sempre fora fiel, facilitara os encontros clandestinos da condessa em várias ocasiões, e não foram poucas, causara-lhe o primeiro aborto e nem um obrigado tivera ainda tinha que apanhar? Vagabunda era ela, que se vestia com capricho, perfumava-se e fazia o papel da esposa perfeita ao lado do conde e ao menor afastamento deste, deitava-se em qualquer lugar com qualquer um. E depois ela é quem tinha que virar-se para dar um fim aos bastardinhos? Hoje iria a forra, seria o seu dia de vitória. Apanhou ervas que em nada serviriam para o aborto proposto. Fez uma mistura que após a infusão levaria a mulher à morte em pouco tempo. Aí sim ficaria contente, ver aquele poço de vaidade e devassidão morrendo lentamente pelas suas mãos. Entrou no quarto e a condessa encontrava-se deitada. - Já está pronto o remedinho minha querida? - Além de tudo era cínica - Sim senhora, preparei uma grande caneca e hoje mesmo estará livre do seu mal. - Ah que bom! Desculpe sim? Se perdi a paciência com você, mas não gosto que me ponham contra a parede. - Calú lançou-lhe um olhar furtivo - Não foi nada, já esqueci! Tome o chá e fique deitada. Em poucos minutos a mulher começou a sentir dores insuportáveis. - Calú esse não é o mesmo chá? Estou com dores horrorosas! - É assim mesmo, senhora, faz muito pouco tempo do outro acidente. Intimamente a escrava alegrava-se ao ver o sofrimento da condessa. - Calú, estou morrendo! - A negra subiu sobre a cama e falou: - Isso mesmo, condessinha vagabunda, estou livrando o mundo de uma podridão. Morra infeliz! A porta se abre e uma escrava ouve as últimas palavras, sai correndo e gritando pela enorme mansão: - A Calú está matando a condessa! Em poucos minutos o chefe da guarda, invade o quarto e vê a cena, a condessa morta sobre a cama e a escrava rindo histericamente ao lado. Um golpe certeiro de sua espada corta o pescoço da mulher, a cabeça de Calú cai sobre o corpo inerte de sua vitima. Depois de muito vagarem por tortuosos caminhos inferiores, os espíritos de ambas, encontraram-se em uma lei de esquerda. Na linha de Maria Mulambo, conseguiram o fio condutor de uma lenta e necessária evolução. Este é um dos raros casos em que dois espíritos ligados pelo ódio em terra, uniram-se para a evolução sob a mesma lei. Sophia hoje atende por Maria Mulambo das Sete Catacumbas e Calú, por Maria Mulambo das Almas.Laroiê as Pomba-giras!

Negros trazidos da África


Os negros trazidos da África como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo. Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes africanas, como é o caso das casas tradicionais de Candomblé e do Xangô do Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encataria europeia, assim como da pajelança ameríndia4 . O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do batismo dos filhos e o casamento na Igreja Católica, mesmo quando os fiéis seguem abertamente uma religião afro-brasileira. Já no Brasil colonial os negros e mulatos, escravos ou forros, muitas vezes associavam-se em irmandades religiosas católicas. A Irmandade da Boa Morte e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foram das mais importantes, servindo também como ligação entre o catolicismo e as religiões afro-brasileiras. A própria prática do catolicismo tradicional sofreu influência africana no culto de santos de origem africana como São Benedito, Santo Elesbão, Santa Efigênia e Santo Antônio de Noto (Santo Antônio de Categeró ou Santo Antônio Etíope); no culto preferencial de santos facilmente associados com os orixás africanos como São Cosme e Damião (ibejis), São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), Santa Bárbara (Iansã); na criação de novos santos populares como a Escrava Anastácia; e em ladainhas, rezas (como a Trezena de Santo Antônio) e festas religiosas (como a Lavagem do Bonfim onde as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahia são lavadas com água de cheiro pelas filhas-de-santo do candomblé). As igrejas pentencostais do Brasil, que combatem as religiões de origem africana, na realidade têm várias influências destas como se nota em práticas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a de incorporação de entidades espirituais (vistas como maléficas). Enquanto o Catolicismo nega a existência de orixás e guias, as igrejas pentencostais acreditam na sua existência, mas como demônios. Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada. Inicialmente desprezadas, as religiões afro-brasileira foram ou são praticadas abertamente por vários intelectuais e artistas importantes





Texto;wikipedia








08 de Dezembro - Dia de Oxum





Dona do ouro, da riqueza e das águas doces. Padroeira dos negócios e da fecundidade protege o feto e a criança em gestação.Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, região da Nigéria. É ele considerado a morada mítica desta Orixá africana que, no sincretismo com a religião católica, corresponde à Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Aparecida. Oxum é a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios e cachoeiras.

Características Positivas: seus filhos são pensativos, elegantes, charmosos, atenciosos, trabalhadores, espertos e têm um quê doce no olhar. São vaidosos, afetivos e carismáticos. Como profissionais, as pessoas regidas por Oxum são sensatas e dedicadas. Amam com sinceridade e dedicação. Conhecem o feitiço e fazem bom uso dele. Quando fixam um objetivo não medem sacrifício para conseguir atingir sua meta.

Características Negativas: chantagistas, choram para ter a piedade dos outros, dramáticos, são matreiros, debochados, possessivos, exigentes, ciumentos, autoritários. Gostam de palpitar sobre os problemas alheios, adoram criticar.


Qualidades de Oxum
  • Kare – veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.
  • Iyepòndàá ou Ipondá – é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga), por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
  • Yeyeòkè
  • Iya Ominíbú
  • Iya Omérìn
  • Ajagura
  • Ijímú
  • Ipetú – YEYE IPETU é uma Oxun de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn e principalmente a Oyá dada a sua ligação com Egun.
  • Èwuji
  • Abòtò
  • Ibola
  • Gama (Vodun feminino da mesma energia de Sakpatá, incorporado ao culto Yorubá através de sua concernente Oxum)
  • Oparà ou Apará – qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.
 Octubrius era o oitavo mês do ano latino que passou a ser o décimo mês do ano, porém conservando a antiga designação. Outubro é um mês repleto de datas comemorativas. Logo no primeiro dia, o mês festeja Santa Terezinha do Menino Jesus, popularmente conhecida como Santa das Rosas. O dia 04 homenageia os poetas, a natureza e também São Francisco de Assis, proteto  das crianças e animais.

Texto.PortoWeb



A Historia de Oseturá






Ele também traz o título de “Ojisé-ebó”, que quer dizer, “o carregador de ebó, pois ele é aquele que tem a função de transportar o ebó do aiyé ,para o orun (além). Também é conhecido como Akín-Oso que quer dizer o grande mago, .
 Ele é aquele que faz e sabe fazer o ebó dar certo. Oseturá é peça fundamental do oráculo de Ifá,(jogo de Buzios) que relata claramente o desenvolvimento da função de Esù na história a seguir. Olódùmaré colocou sobre a Terra quatrocentos Ìrúnmalé (são as entidades que não pisarão no solo terrestre) à direita, duzentos Òrìsà (eborá) à esquerda e ordenou que todo as questões deveriam ser consultadas à Òrùnmilá através do sistema Ifá. Olódùmaré enviou os “dezesseis odu” ao mundo para que eles fertilizassem e estabelecessem a terra, colocando em prática os ensinamentos recebidos do Criador e transmitidos por Òrùnmilá.
 Com esses ensinamentos, os Odu tiveram a missão de instalar os pilares de fundação que sustentariam a terra. Isto feito poderiam existir neste mundo os Òrìsà e todos os seres humanos. Quando chegaram tiveram que estabelecer primeiramente a floresta (igbó), abrindo nela uma clareira que seria consagrada a “oro”, o igbó-oro, local de adoração na floresta. Oro é como se fosse poder. Sem oro nada é feito. É um Ìrúnmalé que concentra potência.
 Oro é reza. A segunda clareira seria para “Egun”, o Igbó-egun, também chamada de “Igbó-opá” ou “Igbó-Igbalé”, onde séria cultuado, e resolvido os assuntos relativos a egun toda parte de magia relacionada a ancestre. A terceira clareira seria para “Odu-ifá”, o “Igbó-ifá” onde todos os “odu” iriam cultuar o oráculo Ifá. A quarta clareira seria implantada para os “Òrìsà”, o “Igbo-Òrìsà”, local de adoração e oferenda aos Òrìsà. Olódùmaré ensinou também aos Odu como resolver também os locais de assentamento e adoração, os “Ojubó” (lugares de adoração) e como deveriam ser feitas oferendas para que não houvesse mortes prematuras, nem esterilidade, infecundidade, perdas, vida paupérrima, doenças sem razão, enfim, nada de mal ou destrutivo se abatesse sobre os homens e sobre a terra. Lembramos que Òrùnmilá sempre foi o administrador principal entre Olódùmaré e os dezesseis Odu. O pequeno grande sábio, com sua inteligência e sabedoria, ajudava o Criador em todas as tarefas de formação da terra.
 Depois de algum tempo, muitas situações se resolviam positivamente, por exemplo: se alguém estivesse doente, ele consultava a Orunmilá para saber se Egun poderia salvá-lo. Com a resposta afirmativa, o doente seria conduzido ao Igbó-oro ou igbó-igbalé e então, um ebó era feito ou uma oferenda para egungun. Se houvesse uma mulher estéril, deveria consultar por Ifá a Orunmilá para que indicasse um ebó e uma infusão de folhas e raízes contendo um Ase da Iya-mi para que a mulher bebesse e se tornasse fértil. Se alguém estivesse levando uma vida miserável demais, Orunmilá informaria à respeito. Poderia ser que “oro” estivesse associado à sua própria entidade criadora. 
Orunmilá diria à pessoa que “oro” deveria ser adorado e o homem seria levado à “floresta de oro “. Os Odu seguiram esta prática por muito tempo. Enquanto isso inúmeras oferendas e inúmeros ebó eram realizados sem que em nenhuma reunião ou encontro, fosse repartido ou compartilhado com o poder feminino, representado pela Iya-mi. Esse desrespeito, abandono e principalmente o fato dos odu não darem a devida importância a Iya lhes trariam sérios problemas, como veremos nos fatos a seguir narrados. A indignação da Iya-mi foi extremamente profunda e contundente. Ela lançou sobre tudo e todos o seu “ase” negativo, fazendo com que todos os objetivos e propósitos se tornassem absolutamente contrários.
 Por exemplo: quando os Odu indicavam ou levavam animais que servissem como oferendas, fossem carneiros, aves, sobre tudo o “ase” negativo era lançado e tudo se tornava inútil. Se os pedidos encaminhados eram para alguém não morrer, o doente morria. Se o pedido solicitava a morte de alguém, este alguém sobreviveria. Se o pedido era para a mãe parir um filho, ela ficava totalmente estéril. A vingança do poder feminino estava instalada. Tudo que ocorria ultrapassava a compreensão e capacidade de solução que os Odu possuíam. Eles já tinham aplicado todos os conhecimentos e não conseguiam reverter à situação. Resolveram então reunir-se no “igbó” e por meio do Opele e dos ikin consultar a Orunmilá. 
 Contudo as caídas dos ikin e do opele negaram-se a responder qualquer coisa sobre os problemas que estavam ocorrendo. Preocupados e intrigados, os Odu, mesmo assim, ainda receberam por Ifá a instrução que deveriam ir ao Orun (céu) e conversar com Orunmilá. Chegando no Orun os Odu encontraram Orunmilá e este tomou consciência da situação, pediu aos Odu que o deixassem sozinho e depois partiu vagando pelo céu para encontrar Olódùmaré. Neste momento, Orunmilá já pressentia que algo de profundo estava por ocorrer, isto é, a necessidade de uma nova situação surgir, a décima-sétima figura. Esta figura deveria ser muito ágil, esperto e ter também sabedoria, presumia ele. Seria preciso a função Esu chegar à Terra. 
Depois de muito vagar, Orunmilá encontra Olódùmaré que estava ao lado do “Poder Esu”. Presume-se que Orunmilá encontrou “Deus” (Olódùmaré) em sua face esquerda (Esu). Imagina-se que Orunmilá viu o “lado que castiga” do Criador. Olódùmaré disse que devido à desobediência dos Odu e também do mau comportamento, ele não poderia interferir e recomenda que os Odu voltassem à Terra e pedissem desculpas à Iya-mi. Orunmilá voltou e falou para os Odu que eles deveriam tentar obter o perdão da Iya-mi. Deveriam reverenciá-la e convidá-la para participar dos encontros, ebó, oferendas e reuniões. Os Odu obedeceram mais não obtiveram êxito. 
A Iya-mi, inflexível, não aceitava pedido algum de desculpas, um a um os Odu tentavam de tudo para reverter à dura posição da representante do poder ancestre feminino. 
Ela continua magoada e com o seu orgulho muito ferido apesar das referidas súplicas de desculpas dos Odu. Após sete dias, os Odu já estavam cansados e quase desistindo quando surgiu uma possibilidade de reverter a difícil situação. Ela disse que se os Odu com seus “Ase” conseguissem fazê-la engravidar e parir um ser masculino, a situação estaria contornada. Todavia teriam que aceitar este ser em todas as reuniões, ebó e oferendas. Ele funcionaria como um representante presente dela, Iya-mi, entre os Odu. Mas se o ser que ela parisse fosse feminino aí tudo estaria arrasado, pois ela jamais perdoaria os Odu, espalhando ainda mais pedaços de seu “Ase” negativo sobre tudo e sobre todos, pondo fim inclusive na própria terra. Em resumo, se os Odu conseguissem com suas magias e “ase” que ela tivesse um filho homem e que mantessem a presença e a participação deste filho-homem em tudo o que fosse decidido e realizado, a situação estaria contornada. Concluía ela que se os Odu tivessem êxito, seria uma grande prova que Olódùmaré tinha dado de sabedoria e que também tinha ajudado os Odu. Sem outra escolha os Odu aceitaram o desafio e pediram ajuda de Orunmilá. Além desta, solicitaram ajuda dos Òrìsà que também deveriam lançar os “Ase” propiciatórios para a criança ser homem. Um a um lançava sobre a cabeça da Yia-mi todos os “ase” diariamente e os outros diziam “too” (assim seja). 
Até o dia do parto o ritual foi repetido. Chegou então o grande dia e a criança nasceu. Todos queriam saber o sexo mais a mãe não permitiu. Disse que só depois de nove dias o sexo seria revelado e a criança seria apresentada, pois enquanto o umbigo não caísse o nome não seria dado também. Após os nove dias a Iya-mi mostrou o filho a todos e para a felicidade geral era menino, “era homem”. O filho varão foi colocado nas mãos de “Òrìsànlá” que assim que viu que era menino gritou “Muso!” (viva, viva). 
Todos os Òrìsà e todos os Odu seguraram o menino, quando alguém entre eles questionou: qual nome receberá a criança? Òrìsànlá falou que tinham sido os Òrìsà que conseguiram com seu ase que a criança fosse menino, então o pequeno deveria chamar-se “Ase-twa” (o poder ele nos trouxe). Houve contestação de todos os Odu pois estes chamavam a si a principal parcela de sucesso na tarefa de lançar os ase propiciatórios, que conseguiram fazer a criança ser menino. Resolveram levar o menino para que fosse consultado por Ifá. Assim ficaria definido qual ou quais Odu seria (am) responsável (eis) pelos destinos do pequenino. Orunmilá revela então que o menino deveria chamar-se Osetura, pois tinham sido os Odu Ose e Oturá que tinham propiciado caminhos para que aquele ser vivesse na Terra.
Após a consagração do menino ao grupo dos dezesseis Odu, este grupo passou a ter dezessete figuras. Se uma mulher estéril queria um filho, como por encanto um filho ela teria. Os pedidos passaram a ser atendidos. Enquanto isso a Iya-mi, satisfeita em parte, orgulhando-se do filho varão, resolveu chamá-lo de “akín-oso” (o poder mago, homem dotado de grande poder natural). Os odu também passaram a chamá-lo de “Akín Oso”. Em todas as reuniões, decisões, trabalhos, ebó e oferendas, os Odu tinham que levar o menino que agora fazia parte do grupo. Ele era a décima-sétima figura. Apesar de imposta ao grupo dos 16 odu eles não o aceitavam completamente. Eram sim obrigados, pelo pacto feito, a conviver com Osetura.
Mais uma vez, a auto-confiança e até uma certa rebeldia dos Odu, como na fase que ignoravam a Iya-mi, fez os Odu ter comportamento parecido com Oseturá. A situação voltou a ficar incontrolável. Uma grande seca se abateu sobre a terra. Presume-se que os Odu, apesar de levarem Osetura para os trabalhos, “não o aceitavam”. Ele não tinha mostrado “para o que veio” . A seca tudo destruía. Os animais morriam, as folhas secavam, os rios desapareciam. Não chovia haviam três anos e até o orvalho desaparecera. Os Odu apavorados consultaram Orunmilá e receberam a informação por Ifá que um grande Ebó deveria ser feito e oferecido a Olódùmaré, para que este tivesse misericórdia da Terra. Este ebó era constituído de vários animais, pássaros, frutas e comidas, ovos, 16 panos crus, folhas de ifá e 16 quartinhas com “Epo”. Quando a oferenda ficou pronta, o Odu Ogbé foi o primeiro a tentar levar o ebó do Aiyé para o Orun. Não conseguiu. No dia seguinte, Odu Oyeku tentou e não obteve êxito
 Depois, Iwori, Odi, Irosun e assim até o décimo-sexto, Ofun, todos fracassaram. As portas do orun não se abriram para nenhum deles. Estavam “pesados” de tanta comida, bebidas, astralmente pesados, não rompiam da terra para o céu. Decidiram então que a décima-sétima figura, Osetura, deveria tentar. Falaram com ele, mas ele, astutamente, a princípio recusou e disse que não estava bem naquele momento. Sozinho, akín-oso (Oseturá) foi ao igbó consultar Ifá para tentar saber de Orunmilá como proceder. Por Ifá obteve a informação que deveria fazer um ebó antes de levar a oferenda grande. Foi informado também que no caminho surgiria uma anciã e que esta deveria ser bem tratada. Orunmilá disse também se Osetura obtivesse êxito, gozaria de prestígio e respeito para sempre entre os Odu e entre todos da Terra. Osetura preparou-se para fazer seu ebó e no caminho encontrou a referida anciã. Ela dirigiu-se a ele e disse: “akín-oso, aonde você vai? Ouvi rumores sobre as tentativas dos Odu de levar o grande ebó para Olódùmaré. Você tem alguma coisa para me dar?, disse ela. Oseturá deu-lhe alguns búzios. Agradecida ela falou que há três dias não tinha nada para comer. Ela perguntou: “Você tomou “alimentos” hoje?”
Como a resposta foi positiva, ela disse então: “Não tente hoje. Faça jejum e tente amanhã”. Despediram-se e Osetura não percebeu que aquela anciã era a própria Iya-mi, disfarçada naquela velha maltrapilha. Era, portanto, sua mãe. Somente mais tarde ele veio a entender o que aí se passou. Ao encontrar os Odu ele omitiu a tática que iria utilizar, somente dizendo que sua tentativa seria feita outro dia. Chegando ao local das oferendas, em completo jejum, o “ajubó ebó” ele encontra a presença de Esu.
 Assim que ele começa a “arriar o grande ebó” é sugado com o presente e rompem do “Aiyé” para o “orun” . As portas do céu já estavam abertas. Ao encontrar Osetura que se estremecia todo, Olódùmaré disse: “Ah! Você viu quando choveu pela última vez na Terra? Pergunto-lhe se o mundo não foi destruído? O que ainda existe? Osetura não consegue nem falar. Olódùmaré percebendo o comportamento de Osetura, apanhou um “Ase” mágico, valioso no orun e de fundamental importância na terra. Esse “ase” eram bastões energéticos, feixes de chuva. A instrução era para que Oseturá voltasse para a Terra, de posse dos bastões. E assim foi feito. 
Quando ele chega e rompe na atmosfera terrestre, os bastões encantados são lançados, repletos de “ase” , que imediatamente se transformam em chuva, em uma ciranda da vida que culminaria com a salvação da Terra. Ouvia-se ao longe trovões e via-se os raios anunciando a chegada da chuva remetida por Olódùmaré e trazida por Oseturá, aquele que tinha sido o carregador, o transportador do “grande ebó”. Assim que Oseturá chegou a Terra, viu em primeiro lugar uma plantação de quiabos, viu uma plantação de feijão, viu uma plantação de milho, inhame, abóbora, dendezeiros, todos florindo. Viu as folhas brotarem; o verde voltara. Além dos dezesseis Odu, todos saudavam e aclamavam Oseturá. 
 Os homens se curvavam perante ele. Até um cavalo ele ganhou, sinal de nobreza, pois somente os nobres possuíam cavalo. Oseturá foi “coberto” de presentes, todos queriam que ele fosse “portador” de suas oferendas, pois ele tinha obtido êxito de transportar o ebó para Olódùmaré, onde todos falharam. Desde este dia ele ganhou também o título de “ojisé ebó”, o transportador de ebó. Ficou também estabelecido por todos os Odu e Òrìsà que qualquer trabalho ou oferenda a ser feita, em primeiro lugar deverá ser comunicada a Esu e algo lhe ofertado (Oseturá, Akín-oso), pois ele dividirá com seu pai Esu Odara o presente recebido. Presume-se que este Esu Odara seja o lado esquerdo de Deus e Esu é o representante de Esu Odara na Terra. Orunmilá determinou que qualquer trabalho relativo aos Odu e aos Òrìsà deverá antes ser feita uma oferenda para Oseturá. 
Desde então nenhum Odu ou Òrìsà aceitaria oferenda alguma sem que antes tivesse sido agradado, lembrado e respeitado o “transportador”, o “portador” do Ebó Oseturá. Conseqüentemente, Oseturá passou a dividir tudo que recebia com Esu Odara, seu pai, seu criador, ou seja, o lado esquerdo de Deus. A forma de Esu no orun é Esu Odara, enquanto que aqui na terra Oseturá é o próprio Esu, assim como Elegbará, Elegbira também são formas de Esu na terra. Ele se converte em portador e carregador de oferendas para o Orun, recebendo o título de “ojisé-ebó”. Também podemos chamá-lo de Esu-Elebó, o proprietário, o que controla e regula o ebó. 
 Esu é inclusive conhecido como “Eleru”, senhor do “eru”, carrego ritual. Esu é portanto filho da Iya-mi, representante do poder ancestre feminino e dos Ase dos 16 Odu-Agba, representando o poder masculino. A relação harmoniosa entre o poder feminino e masculino é restabelecida com o nascimento de Osetura, que é o resultado da fertilização e da descendência. Osetura restabelece a relação harmoniosa por duas vezes. A primeira quando nasce varão, restabelecendo a harmonia entre a Iya-mi-ajé e os dezesseis Odu-agba, salvando a terra do caos e do aniquilamento. A seguir ele conseguiu que as portas do Orun lhe fossem abertas, outra vez salvando a terra da seca total, reatando e mantendo, mais uma vez, a relação dinâmica do orun e aiyé. Após esta história é fácil entendermos que a dinâmica de todo sistema yorubá é centrada em torno do ebó, da oferenda, o sacrifício em sua vasta gama de propósitos e modalidades, restituindo e redistribuindo “ase”. É o único meio para que a harmonia seja mantida nos dois planos ou seja, no orun e no aiyé. Esu se compromete em devolver tudo que ele devora, multiplicando e redistribuindo tudo em diversas formas, às vezes com riquezas, crescimento e honras. É por meio da devolução que Esu fornece a multiplicação e o crescimento. Tudo que existe de forma individual será redistribuído. 
 Toda pessoa viva é acompanhada, constituída por seu próprio Esu individual, elemento que permitiu seu nascimento, desenvolvimento e o fator multiplicador, cumprindo, portanto, o fator dinâmico harmoniosamente. Esu sob a forma “yangi” é símbolo do elemento procriado, é responsável e o único capaz de reparar o útero mítico fecundado, o Igbá-nlá” ou “igbá-iwa”, cabaça da existência. Porém é bom ficar bem claro que apesar de Esu ser produto, do masculino e do feminino, é ele masculino, tão somente esta é a sua forma. Lembramos que a própria Iya-mi exigiu que o produto de sua fertilidade fosse masculina, fosse homem, isto lá no início da criação da terra. Logo, não existe Esu fêmea.
 Em resumo, nunca se esqueçam de Esu. 
Presenteiem Esu e acima de tudo respeitem Esu.


Texto do blog
carlossantosazevedo.historia-de-osetura.







Cigana Madalena








Quanto mais se fala a respeito do medo, e do que ele representa para cada indivíduo, mais a nossa lógica se afasta de seu verdadeiro significado. Na verdade, o medo não pode ser conceituado, mas pode ser sentido, quando reprime boas intenções, fazendo fenecer idéias e abortando ações que poderiam levar o indivíduo à sua verdadeira libertação.
Pensando bem, por que mesmo ter medo? Você só tem medo em razão da falta de fé em Deus e em você mesmo, porquanto acabou desacreditando de sua condição divina. Você esqueceu que no fundo de sua alma há um templo, onde mora e reina a chama viva do Eu Posso e do Eu Sou, seus únicos amigos. A primeira chama manifesta a esperança e restaura a fé em você mesmo, enquanto a segunda, concretiza definitivamente a presença divina em sua vida.
Pense e medite bastante, mas nunca deixe de agir. Só a ação dá concreção a todos os seus pensamentos, porque faz parte da grande trilogia: pensar, falar e agir, os três grandes verbos do pensamento, palavra e obra. Invoque a presença Eu Posso, agora mesmo, e entregue seu coração a uma nova maneira de viver, com alegria e fé. Vai dar certo, basta querer
.
 

Quando sua alma, corpo e mente estão em harmonia, nada pode ultrapassar o escudo protetor que envolve o seu campo áurico, protegendo você de desarmonias, doenças, enfermidades, incomodações, conflitos e hostilidades.
A vida flui ao natural, tudo segue de acordo com a lei da natureza e com a vontade divina. Por um momento que seja, ache um tempo para você, neste você deve se isolar, para serenar a mente, recompor energias, repensar coisas, fazer novos planos.
Nesses momentos, esqueça todas as preocupações. Esqueça os fracassos, as desarmonias, os problemas financeiros, as contas a pagar, as brigas e o medo do amanhã. Esqueça toda a sensação desagradável e angustiante de ter que fazer coisas das quais você não gosta, ou teme.
Tire um tempo só para você e entre em contato com a sua presença Eu Posso, que lhe dará a certeza íntima de que você é capaz de superar e vencer todos os problemas.
Respire fundo, transmute tudo, perdoe aqueles que lhe fizeram sofrer ou lhe prejudicaram. Esqueça o passado e olhe para o futuro, que vai ser bem melhor, porque você merece. Você quer e vai conseguir.
Agora, não pense em mais nada e confie na presença Eu Posso, que existe em seu coração, e vai lhe ajudar, porque esta é a lei de Deus. Você merece ser feliz, sim. Então, seja.








Texto extraido do livro A magia do Eu Posso

O Poder dos Gatos










Os gatos possuem uma conexão com o mundo mágico, invisível. Assim como os cães são nossos guardiões no mundo físico, os gatos são nossos protetores no mundo energético. Durante o tempo em que passa acordado, o gato vai “limpando” a sua casa das energias intrusas. Enquanto dorme, ele filtra e transmuta esta energia. O gato pode, muitas vezes, ficar em lugares com baixa circulação de energia ou Chi vital para poder ativar esta área.
Quem já não presenciou seu gato olhando para o nada, totalmente imerso... Ele certamente vê coisas que não vemos, desde insetinhos microscópicos até seres de outras dimensões. Muitas vezes seu gato vai para um lugar isolado da casa e começa a miar... Não é só atenção que ele quer: é uma espécie de alerta que ele está dando: a qualidade da energia daquele espaço precisa ser melhorada. Nossos problemas, nosso stress diário é absorvido pelo gato. Quando a barra pesa demais e o espaço está muito carregado, não raro o gato adoece.

Claro que o gato não é o único responsável pelo o equilíbrio energético do seu lar, mas ele se esforça bastante. Quando mais harmônico for seu ambiente, menos energia negativa ele precisará filtrar e conseqüentemente será mais feliz e saudável.

Quando dormimos, nossos corpos astrais separam-se do corpo físico e vão para a quinta dimensão, a dimensão sem tempo e espaço: a dimensão em que estamos durante nossos sonhos. Por falta de treinamento e preparo, na grande maioria das vezes não enxergamos essa dimensão tal como ela é, em vez disso a “mascaramos” e codificamos com nosso conteúdo psíquico e inconsciente. Os gatos muitas vezes nos acompanham nessas viagens astrais ou protegem nosso corpo astral, além de guardar o nosso quarto de espíritos indesejados enquanto dormimos. Essas são as razões pelas quais eles gostam de dormir conosco na cama.

Os gatos também monitoram nossa evolução. Durante sua convivência conosco, eles transmitem informações a dimensões superiores, servindo como radares e transmissores. Além disso, como transmutadores de energia, eles auxiliam na cura, desempenhando um papel semelhante ao dos cristais.

Os gatinhos são professores, eles ensinam a amar. Um amor livre, não submisso, respeitador do arbítrio alheio e das diferenças. Por isso tantas pessoas têm dificuldade de conviver com gatos e os acham “interesseiros”. Primeiro, você tem que conquistar a confiança de um gato. Depois, você tem que aprender a respeitá-lo. Ele vai demonstrar afeto quando realmente estiver disposto, não a hora que você mandar. Gatos emanam amor. Do ponto de vista energético, pessoas que têm alergia a gatos são pessoas que têm dificuldade de deixar o amor entrar em suas vidas.

De acordo com Caroline Connor, se há muitas pessoas na família e um único gato, ele pode ficar sobrecarregado absorvendo a negatividade de todos. É bom ter mais de um gato para dividir a carga entre eles, ainda mais nesses casos.

Se você não tem um gato, e um gatinho de rua aparece em sua vida, é porque você precisa de um gato em uma época particular. O gatinho está se propondo a ajudar você. Se você não pode acolher o gatinho, é importante que você encontre um lar para ele. O gatinho chegou até você por alguma razão que você pode não compreender a nível físico, mas você pode descobrir através dos sonhos se assim desejar. Muitas vezes o gatinho aparece, cumpre sua função e se vai.

Fique atento à forma como os gatos reagem a visitas na sua casa. Muitas vezes eles estão tentando protegê-lo de um campo áurico negativo ou pesado.


Texto;Viviane Rossato, Shélei Camponogara e Giovana Rossato.



A Lenda da Pemba





 A Pemba é objecto permanente nos rituais africanos mais antigos que se conhece. Fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos KABANDA e água do Rio Divino U SIL, é empregue em quase todos os ritos e cerimónias, festas, reuniões ou solenidades africanas.
Nas tribos de Bacongo e Congos, é usada a Pemba sob todos os pretextos quando é declarada a guerra – Os chefes esfregam o corpo todo com Pemba para vencer os inimigos; por ocasião dos casamentos – os noivos são esfregados pelos padrinhos com a Pemba para que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de Pemba nas mãos; em questões de amor então, é bem grande a influência da Pemba, usando-a as jovens como se fosse o pó de arroz, porque dizem trazer felicidade no amor e atrair aquele a quem se deseja.
Contam as Lendas das Tribos Africanas o seguinte sobre a Pemba.
M. Pemba era o nome de uma gentil filha do Soba Li-u-Thab. Poderoso dono de grande região e exercendo a sua autoridade sobre um grande número de tribos. M. Pemba estava destinada a ser conservada virgem para ser oferecida às divindades da tribo, acontece porém que um audaz jovem estrangeiro, conseguiu penetrar nos sertões da África, e enamorou-se perdidamente de M. Pemba. M. Pemba por sua vez, correspondeu fervorosamente a este amor e durante algum tempo gozaram as delícias que estão reservadas aos que se amam.
Porém, não há bem que sempre dure, e o Soba poderoso foi sabedor deste amor e então, numa noite de Luar mandou degolar o jovem estrangeiro e tambémque lançassem o seu corpo no Rio Sagrado U SIL, para que os crocodilos o devorassem.
Não se pode descrever o desespero de M. Pemba, que como prova da sua dor esfregava todas as manhãs o seu corpo e rosto com o pó extraído dos Montes Brancos Kabanda e à noite, para que seu pai não soubesse dessa sua demonstração de pesar pela morte de seu amante, lavava-se nas margens do rio divino. Assim fez durante algum tempo, porém, um dia as pessoas de sua tribo que sabiam desta paixão e que assistiam ao seu banho, viram com assombro que ela se elevava no espaço ficando em seu lugar uma grande quantidade de massa branca lembrando um tubo.
Apavorados, correram a contar ao Soba o que viram, e este, desesperado quis mandar degolar todos, porém, como eles tinham passado o pó deixado por ela no rio, nas suas mãos e corpo, notaram que a cólera do Soba se esvaía tornando-se bom, e não castigando os seus servos.
Começou a correr a fama das qualidades milagrosas da massa deixada por M. Pemba e, com o nome simples de Pemba, esta atravessou muitas gerações, chegando até aos nossos dias, prestando grandes benefícios àqueles que dela se têm utilizado.




Texto:O mundo dos Orixas

Axexe


 AXEXÊ                             O Ritual da MORTE



Axexê cerimônia realizada após o ritual fúnebre (enterro) de uma pessoa iniciada no candomblé.Tudo começa com a morte do iniciado, chamado de ultima obrigação, este ritual é especial, particular e complexo, pois possibilita a desfazer o que tinha sido feito na feitura de santo, é bem semelhante com o processo iniciático chamado de sacralização, só que agora este procedimento é uma inversão chamada de dessacralização, no sentido de liberação do Orixá protetor do corpo da pessoa. Com uma navalha o Babalorixá ou yalorixá raspa o topo do crânio do falecido e retira o Oxu, juntamente com todos os pós colocado na sua iniciação, em seguida quebra-se um ovo, oferece um obi Obi ritual, pintando-o com efun, wáji, e ossun, coloca-se um novo oxu, um pombo é sacrificado, o sangue que escorre é recolhido num pedaço de algodão, parte dos objetos é enrolado no pano branco e colocado na sepultura, e outra é levado para dar inicio ao ritual do Axexe propriamente dito. Junta-se todos seus pertences pessoais utilizados em sacrifícios e obrigações, como roupas, colares, nem sempre os assentamentos dos orixas são desfeitos, se faz uma consulta oracular (jogo de búzio) "merindilogun" para se saber do destino dos objetos separados, se ficam com alguém. Em caso positivo, o objeto ou objetos em questão é lavado com água sagrada e entregue aos herdeiros revelado(s) no oráculo, e em caso negativo, o objeto é separado para junto com os demais e, após serem os colares rompidos juntamente com o kelê, as roupas rasgadas e os assentamentos quebrados, são colocados em uma trouxa que será entregue em um local também indicado pelo oráculo. Normalmente, a trouxa, chamada de Carrego de Egum, é acompanhada de um animal sacrificado, indo de uma única ave a um quadrúpede acompanhado de várias aves, dependendo do grau iniciático do morto. E ainda, se o falecido era um iniciado de pouco tempo, basta um lençol branco para embalar o carrego, se tratar de alguém mais graduado, o carrego é colocado em um grande balaio, o qual é depois embalado no lençol. O processo de preparação e entrega, ou despacho do Carrego de Egum é a cerimônia fúnebre mínima que se dedica a qualquer iniciado no candomblé quando morre. As variações surgem, como foi já colocado, dependendo do grau iniciático ao qual pertencia o morto mas também da Nação em que fora iniciado. Se o morto era uma pessoa graduada na religião é que mereceria um Axexê. O Axexê nesses casos antecede ao Carrego de Egum e consiste em uma, três ou seis noites de cânticos e danças na qual se celebra a partida do iniciado para o outro mundo, rememorando o nome de outros iniciados já falecidos e, enfim, os eguns em geral. Canta-se também a certa altura para os orixás, menos para Xangô, para os quais se canta no depois da entrega do carrego no ritual do arremate. Todos os participantes devem vestir branco, a cor do nascimento e da morte no candomblé, as mulheres devem estar com a cabeça e o pescoço cobertos e os homens com os pulsos envoltos na palha da costa. Obedecem-se vários preceitos rígidos de comportamento dentro do terreiro durante todo o processo, para evitar melindrar o espírito que está sendo respeitosamente despedido. Depois do carrego despachado, canta-se o arremate no dia seguinte à tarde, antes do pôr-do-sol, as mesmas cantigas do Axexê são ainda entoadas e no final são louvados os orixás, e empreende-se uma limpeza ritual do terreiro, com a participação eventual dos orixás que porventura tenha se manifestado em seus elegun. Ao longo do Axexê mesmo somente orixás mais ligados à morte como Oyá-Iansã, Obaluaiyê, Nanã e Ogum, etc. costumam se manifestar. No caso em que o morto era um pai ou mãe de santo cujo terreiro permanecerá ainda aberto, deverá ficar fechado ao público durante um ano ou mais conforme determinação do jogo, mas as cerimônias internas continuam, costuma-se repetir o ritual de um, três, seis meses, e um, três, sete anos depois do Axexê inicial. O Axexê também é conhecido pelos nomes de sirrum e zerim, nomes em Língua Fon significando os instrumentos que são percutidos em substituição aos atabaques. O sirrum é uma metade de cabaça emborcada em um alguidá onde se encontra uma mescla de substâncias líquidas abô e o zerim é um pote com certas substâncias dentro que é percutido com um abano (leque de palha) dobrado em dois. Quando se trata de uma pessoa especialmente antiga e poderosa na religião, o Axexê é tocado com atabaques mesmo, com os couros ligeiramente afrouxados para serem depois também despachados no carrego. Em alguns terreiros da Nação Ketu também se usa tocar Axexê com três cabaças: duas inteiras e uma com a ponta cortad


Origem: Wikipédia

"A morte não é nada. Somente passou para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho... Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi."



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